Escola Municipal Mato Grosso

A cada dia, um novo desafio... e uma nova oportunidade de trabalho!


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

A VIDA É PARTIDA E CHEGADA!

ONTEM NOSSA ESCOLA PRESTOU HOMENAGEM À PROFESSORA CÍNTIA ARCOVERDE, QUE DEPOIS DE MUITOS ANOS DEDICADOS À EDUCAÇÃO, SE APOSENTOU DO MAGISTÉRIO PARA DAR INÍCIO A UMA NOVA FASE EM SUA VIDA.
SOMOS TODOS GRATOS E COM ELA APRENDEMOS MUITO. DEIXAMOS AQUI NOSSA SINGELA HOMENAGEM ATRAVÉS DO CONTO ORIENTAL O VELHO ALQUIMISTA, QUE FALA COM POESIA E SENSIBILIDADE DO OFÍCIO DO PROFESSOR.



 O velho alquimista

Era uma vez um velho que vivia com uma linda filha. Ela se apaixonou por um belo rapaz, e ambos casaram com as bênçãos do pai. O jovem casal viveria feliz, se não fosse um problema: o marido dedicava todo o tempo à alquimia, sonhando com uma maneira de transformar elementos comuns em ouro. Logo seu patrimônio acabou, e a jovem esposa tinha de lutar diariamente para comprar o que comer. Afinal, pediu ao marido que procurasse emprego, mas ele protestou:
     - Estou às portas de uma grande descoberta! Quando terminar, seremos mais ricos do que sonhamos!
     A jovem esposa, por fim, contou seu problema ao pai. Este ficou admirado ao saber que seu genro era alquimista, mas prometeu ajudar a filha, pedindo que o jovem viesse vê-lo no dia seguinte.
     O rapaz, contrariado, foi até ele, esperando uma reprimenda. Para sua surpresa, o sogro lhe confiou:
     - Eu também fui alquimista quando jovem!
     Os dois passaram a tarde conversando. Finalmente, o velho ergueu-se animado:
     - Você tem feito tudo o que eu fiz! - exclamou - Está, sem dúvida, às portas de uma grande descoberta. Mas, para transformar elementos comuns em ouro, você precisa de mais um componente; e só recentemente descobri esse segredo.
     O velho fez uma pausa e suspirou:
     - Sou, porém, muito velho para realizar essa tarefa. Requer muito esforço.
     - Eu posso fazê-lo, querido pai! - disse o moço, espontaneamente.
     O rosto do velho se iluminou:
     - Sim, talvez você possa.
     E, então, curvando-se, sussurrou:
     - O componente de que você precisa encontra-se em um pó prateado, que cresce na folha das bananeiras. Esse pó se torna mágico quando você mesmo as planta e lança um certo encantamento sobre elas.
     - De quanto pó precisamos? - o moço perguntou.
     - Duas libras - respondeu o velho.
     - Isso requer centenas de bananeiras!
     - Sim - suspirou o velho - e é por isso que eu não posso terminar o trabalho sozinho.
     - Não tema - disse o jovem - eu o farei!
     Assim, o velho ensinou o genro as palavras mágicas e lhe emprestou o dinheiro para o empreendimento.
     No dia seguinte, o moço comprou um terreno e carpiu. Ele mesmo cavou a terra de acordo com as instruções do velho, plantou as bananeiras e dirigiu-lhes as palavras mágicas. Cada dia ia examinar as plantas, livrando-as de doenças e ervas daninhas. Quando deram frutos, recolheu o pó prateado de suas folhas. Havia muito pouco em casa planta. Então o moço comprou mais terra e plantou mais bananeiras. Depois de muitos anos, conseguiu juntar duas libras de pó mágica e foi correndo à casa do sogro.
     - Consegui o pó mágico!
     - Agora, vou lhe mostrar como transformar elementos comuns em ouro! Mas, primeiro, você precisa chamar sua esposa. Precisamos de sua ajuda.
     O jovem ficou surpreso, mas obedeceu. Quando a filha chegou, o velho perguntou-lhe:
     - Enquanto seu marido juntava o pó da bananeiras, o que fez com os frutos?
     - Ora, vendi-os - a filha respondeu - e foi assim que ganhamos a vida.
     - Você economizou algum dinheiro?
     - Economizei.
     - Posso vê-lo?
     A filha, então, correu até sua casa e voltou com diversas sacolas. O velho abriu-as, viu que estavam cheias de ouro e despejou as moedas no chão. Pegou depois um punhado de pó e colocou-o ao lado do ouro.
     - Veja, - disse, voltando-se para o genro - você transformou a poeira em ouro!
     Seguiu-se um momento de tensão, no qual o moço permaneceu calado. Depois riu, ao compreender a sabedoria implícita no truque do velho. E, desse dia em diante, ele e a esposa prosperaram muitíssimo. Ele cuidava da plantação, enquanto ela ia ao mercado vender as bananas. E ambos reverenciavam o velho como o mais sábio dos alquimistas.


TAMBÉM DEIXAMOS REGISTRADO AQUI NOSSO PESAR PELO FALECIMENTO DO MARIDO DA PROFESSORA DEBORAH SOLINO, NA QUARTA FEIRA. NEM SEMPRE É FÁCIL ACEITAR A MORTE, EM ESPECIAL QUANDO POR ELA NÃO ESPERAMOS. DESEJAMOS QUE A FAMÍLIA POSSA VIVER ESTA SITUAÇÃO RODEADA DE APOIO E ACOLHIMENTO!


Nenhum comentário: